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Atualizada em 13 fev. 2022. |
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Contatos: Langsdorff
| Hercules
Florence
Citações na Literatura e Internet | Bibliografia
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Dados Biográficos
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Citações
Referências
Veja
também Bibliografia
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Dados Biográficos |
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Subsídios
genealógicos: famílias brasileiras de origem
germânica
Referência
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"1
- Dr. Carlos Engler, n.1800, em Viena (Áustria), +
18-IX-1855 em Itu (S.Paulo) para onde veio em I-1821,
médico. 1a. vez c.c.d. Carolina do Amaral; 2a. vez c.c.d.
Gertrudes Antonia de Barros."
Obs.: Na verdade, o Registro de Estrangeiros
consta a presença de Engler no Porto do Rio de
Janeiro, partindo para Santos, em 30/08/1820. |
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Registro
de Estrangeiros
Referência
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Engler,
Charles, alemão, médico. Parte para Santos.
30/8/1820.
Col.423 - livro 1 - fls. 220 |
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Almeida
Referência
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Estes dados estão sendo
levantados para confirmação. Veja aqui.
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Chloé
Engler de Almeida, bisneta
de Carlos Engler, coletou
relatos entre familiares e pesquisou
documentos do Arquivo do Estado de São Paulo, Instituto Hans
Staden (atual Instituto Martius-Staden),
Museu Paulista e Biblioteca Municipal de São Paulo. Buscou,
então, "reconstituir, com pinceladas coloridas", numa
"textura romanceada" e em forma de "memórias" a vida de
Carlos Engler.
Chloé faleceu em São Paulo, em
junho de 1998.
Os dados biográficos levantados pela
autora foram utilizados por Moraes
em sua pesquisa e mais tarde, também citados no trabalho de Monteiro.
Transcrevemos
logo abaixo os trechos de Monteiro, onde cita dados
retirados de Almeida. No
entanto, cabe lembrar que alguns pontos ainda estão
sendo verificados:
"O
austríaco Karl von Engler, que
mais tarde mudaria seu nome para Carlos Engler, era formado em
engenharia pela Universidade de Viena e chegara ao Brasil em 1821 (nota [144]). Fixou-se inicialmente no
Rio de Janeiro, onde trabalhou no Viveiro da Lagoa Rodrigo de Freitas,
mudando-se logo depois para o interior de São Paulo para
trabalhar como engenheiro auxiliar de minas numa fábrica de
ferro, em Itu, onde mais tarde passaria a dedicar-se aos estudos de
botânica e à prática da medicina (nota [145]).
"(...) o aproveitamento das plantas da flora brasileira era a
essência do trabalho de Engler como médico,
associado ao conhecimento formal que ele atualizava sistematicamente
através da assinatura de revistas européias e de
uma biblioteca bastante
ampla e variada. Kidder, um
dos viajantes que passou em Itu em 1830 (nota
[146]), descreve a biblioteca
de Engler como sendo a maior e mais valiosa de todas as que tinha visto
no Brasil. Além da biblioteca, Engler possuía um
completo laboratório de química em um
sítio em Indaiatuba, cidade próxima a
Itu" (Monteiro,
p.95).
----------
Notas (transcritas de Monteiro,
p.95)
[144] Um dos motivos
para a vinda de Engler ao Brasil teria sido o seu interesse pela estudo
das plantas tropicais (Moraes,
1996).
[145] Apesar de ter
se formado em engenharia, Engler pertencia a uma tradicional
família de médicos e chegou a começar
o curso de medicina, mas não o completou (Moraes 1996).
[146] A casa de
Engler era considerada parada obrigatória de quase todos os
viajantes europeus que se dirigiam para o Brasil na primeira metade do
século XIX
(Moraes, 1996).
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Barata e Bueno
Referência
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O
Dicionário das Famílias Brasileiras, organizado
por Carlos Eduardo de Almeida Barata e Antônio Henrique da
Cunha Bueno, traz o seguinte verbete para os Engler:
ENGLER
- Família de origem austríaca estabelecida em
São Paulo, para onde passou, em 1821, o médico
Dr. Charles Engler [1800, Viena, Áustria - 18/09/1855, Itu,
SP], médico conceituado em Itu. Deixa
geração do seu cas. com Carolina
Angélica do Amaral, filha do tenente José
Rodrigues Ferraz do Amaral, membro da importante família,
Ferraz do Amaral (v.s.), de São Paulo (FG I, 26, e SL, IV,
89)"
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Nota: FG = Famílias
Germânicas, v.1, p.26
SL = Silva Leme, Luiz Gonzaga da. Genealogia Paulistana. v. 4, p. 89.
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Citações |
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Kidder (2001, p. 229-230)
Referência
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Daniel Parish Kidder, pastor
protestante (metodista), empreendeu viagem ao interior do Brasil. Na
cidade de Itu, encontrou-se com Carlos Engler, sobre o qual
relatou:
"(...)A
nossa recepção nessa localidade [Itu],
não foi menos cordial que nas outras, conquanto tivesse sido
um pouco mais formal. Encontramos com facilidade a casa do Dr. E. (nota) que estava literalmente cercada
de doentes e de emissários de clientes, a espera de
receitas. Mandamos entregar as cartas que trazíamos e fomos
imediatamente conduzidos ao quarto que nos estava destinado, sem
entretanto, vermos pessoa alguma da família. O Doutor
apareceu logo e mostrou-se extremamente amável e atento a
tudo quanto seu hóspede pudesse precisar. Homem de mais ou
menos quarenta e cinco anos, além de médico
insigne era também botânico e filólogo
notável. Alemão nato, falava com grande
facilidade, além de sua língua materna, o
inglês, o francês e o português,
entendendo ainda o espanhol, o italiano e o russo. Sua biblioteca
era a maior e a mais valiosa de quantas vimos no Brasil. Dispunha ainda
de completo
laboratório
de química. Sua fama
projetava-se por grande parte do país e era imenso
o seu tirocínio. De grandes distâncias e de todas
as direções afluíam clientes ao seu
consultório. Sua senhora era brasileira."
[Grifos
nossos]
--------
Nota:
Trata-se do dr. Engler, que deixou fama de grande médico (R.B.de M.)
Para saber mais
O
livro foi reeditado pelo Senado Federal e pode ser baixado gratuitamente da Internet.
A
versão original, de 1845, está
disponível no Google Books. Leia o
trecho transcrito abaixo.
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Florence, Hercules
Referência
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Hercules Florence, durante a
expedição de Langsdorff,
atuou
como desenhista, registrando em seu diário:
"Enquanto
em São Carlos me entendia com um tropeiro, para o transporte
de nossa bagagem a Cuiabá, recebi do Sr. Langsdorff carta em que me dizia:
Já
não vamos por terra para Cuiabá; para
lá iremos por meio do rio, e embarcaremos em Porto Feliz. O
Doutor Engler, de Itu, assegurou-me que os naturalistas ainda
não exploraram esta rota, ao passo que vários
deles, como os Srs. Martius e Spix, Burschell, Netterez, etc.,
já se valeram do caminho por terra. Venha a Porto Feliz,
à casa do Sr. Francisco Álvares Machado e
Vasconcellos, excelente pessoa, cujo conhecimento o Sr. Engler me
favoreceu. Vou percorrer o sul da província e o Sr.,
enquanto isso, ajudado pelo Sr. Francisco Álvares,
cuidará de aprestar as canoas e os víveres, assim
como arrolará as tripulações.
(...)Em
Itu, encontrei reunidos todos os meus companheiros e, com eles, me
detive alguns dias. Travei conhecimento com o Dr. Engler,
austríaco, homem todo voltado para a ciência. Sua
biblioteca qualificada, e assinaladamente alemã,
acompanhava-se de um gabinete de Física e um
laboratório, assim como de instrumentos de astronomia. Todo
esse aparelhamento lhe assegura a estima de minguado número
de pessoas; quanto à generalidade da
população, em relação a
ele, prevalece a indiferença e, não raro, a
censura. Assim se mede a inteligência por estes lados.
Mas não é a inteligência um dom da
divindade? A comprovar que o mérito e o talento
frequentemente sofrem a ação do
desdém, não seria demais afirmar que um dos
gêneros de bem estar preferido pelos homens se traduz por
excentricidade, práticas frívolas e,
até, atos hostis.
O Dr. Engler,
contudo, mantém-se superior às
decepções que sua posição
lhe poderia carrear. Dotado, como é, de tato fora do comum,
dispõe do que a medicina lhe proporciona, e isto o torna
independente. Dir-se-ia que cultiva as ciências para seu
próprio prazer e não para ostentar
erudição. Tal comportamento, pois não
o impede de sentir-se como na Europa, em correspondência com
sábios, principalmente alemães.
Mencionarei uma prova da utilidade da ciência e
peço perdão ao leitor, por querer demonstrar
o que conhece de sobra. Minha linguagem extravagante resulta, todavia,
de minha particular situação: a de quem tanto
amargor experimentou, por apaixonar-se pela ciência. Mas
passemos ao fato: o Dr.
Engler fez o Sr. de Langsdorff conhecedor da cainca e de
suas virtudes medicinais [nota].
Este promoveu, com alarde, na Europa, seu pretenso descobrimento. Dois
anos depois, todos manifestavam desejo de adquiri-la e, assim, a
cainca, para a Província do Mato Grosso, converteu-se em
objeto de indústria e exportação".
----------
Nota [26]
O médico Carlos Engler nasceu em Viena d'Áustria
em 1800 e faleceu em Itu, em 1855. Veio para o Brasil em 1821 e
estabeleceu-se em Itu, São Paulo, onde clinicou e viveu.
Casou-se nessa cidade com uma senhora brasileira, da qual teve
vários filhos, dentre os quais um que se formou em medicina
e residiu em Campinas, SP. Chamava-se igualmente, Carlos Engler. A
"cainca" é um vegetal nativo do Brasil, arbusto de um a dois
metros de altura ("Chiococca
brachiata"). Há várias
designações, conforme a região:
"raiz-de-frade", "cipó-cruz". Sua raiz, de cor negra, em
cozimento, é tida como purgativa, diurética e
vomitiva. Foi usada contra o veneno de cobra." - L. de C. S. Filho.
Para saber mais
Langsdorff
Hercules Florence
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Langsdorff, Georg
Heinrich von
Referência
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Langsdorff, durante sua
viagem pela Província de São Paulo, descrita e
publicada no v. 2 de seus Diários, conheceu o Dr. Engler, em
Itu, no ano de 1825.
Vários
trechos descrevem a relação entre estes dois
senhores.
O
primeiro encontro dá-se após Langsdorff relatar
sua penosa viagem entre Jundiaí e Itu:
"O
caminho atravessa uma boa légua e meia de mata virgem
fechada, onde se vêem troncos de espessuras incomuns. Nela
existe uma trilha - que nem pode ser chamada de caminho -
intransitável e penosa, que se percebe pelos troncos de
árvores derrubadas pelo chão lamacento. Duas
léguas e meia adiante, deixa-se a mata escura e, de repente,
descortina-se diante de nós uma ampla paisagem, onde se
vêem, ao longe, as torres brancas das igrejas de Itu.(...)".
[17/11/1825] (p.36)
Alcançando
finalmente a capital da comarca de Itu, descrita como uma "cidade
notável", Langsdorff descreve assim seu encontro com Engler:
"Na
sua entrada, perguntei a um senhor impecavelmente vestido onde ficava a
casa do Sr. Andrada. Foi com imensa alegria que o ouvi perguntar-me, em
alemão, se eu não era Langsdorff; e me indicou
uma casa que seria apropriada para mim. Esse senhor era o Dr. Engler,
que mora aqui há 5 anos e trabalha na área de
pesquisa científica. Como médico, ele se dedica
principalmente aos estudos da Química; está
sempre em contato com a Alemanha, França e Inglaterra e
divulga suas descobertas por meio de sua correspondência com
cientistas. Ele envia para fora minerais e raízes desta
terra, pesquisa e investiga. Um dia, provavelmente, ele terá
que prestar contas do seu trabalho. A prática da Medicina
lhe garante uma boa receita. Por meio do empenho pessoal do Dr. Engler,
o Sr. Riedel conseguiu uma casa para nós, bem perto da
cidade, situada em meio a uma bela pastagem. Tanto nós como
as mulas ficamos muito bem alojados". [20/11/1825] (p.40)
Langsdorff
planejava sua grande viagem
pelo interior do Brasil:
"(...)
Já recolhi algumas ideias provisórias ou
preliminares para o projeto de realização de uma
grande viagem. Perguntei ao Dr.
Engler, a quem primeiro participei os meus
planos, que viagem ele considerava mais lucrativa e mais importante do
ponto de vista científico, e ele me respondeu, sem hesitar,
que preferia a viagem ao grande rio. Ontem esse foi o assunto principal
de nossa conversa. Hoje cedo, pedi-lhe que me ajudasse a entrar em contato com alguém que
já tivesse feito essa viagem." [20/11/1825] (p.40)
Após
esta opinião, Langsdorff traça um plano inicial
de viagem até Cuiabá, tendo ainda a
intenção de chegar até o
Pará.
O
contato, sugerido por Engler, é o cirurgião-mor Francisco Álvares e Vasconcellos
(Francisco
Álvares Machado de Vasconcellos), que residia em
Porto Feliz. Buscando mais informações para sua
expedição, Langsdorff para lá se
dirige, em 22/11/1825:
"Dr. Engler,
mui gentilmente, deu-me uma carta de recomendação
ao cirurgião-mor Francisco Álvares e
Vasconcellos, um homem, sob todos os aspectos, muito culto e informado
sobre a situação de sua pátria (o
Brasil). Depois da habitual apresentação e da
entrega de minha carta, pedi-lhe para me dizer, imparcialmente e
abstraindo todas as circunstâncias acessórias, que
viagem ele, como cientista pesquisador, preferia e julgaria vantajosa
para a ciência: aquela até Goiás, ou
aquela até Cuiabá." [22/11/1825] (p.42)
Francisco
Álvares Machado de Vasconcellos respondeu, sem hesitar, que
o caminho pelas águas, descrevendo as vantagens e o material
de observação que encontrariam. Visitando o rio,
ofereceu-se para providenciar canoas, provisões para
auxiliar no projeto. Inúmeras vezes, mais tarde, Langsdorff
comentaria que Francisco Álvares fora a pessoa que mais o
ajudou no preparativo de sua expedição.
No mesmo
dia, Langsdorff encaminha mensageiro para Campinas [Vila de
São Carlos], informando
Hercules Florence de seus planos.
Entre
22/11 a 04/12, Langsdorff descreve a coleta de vários
materiais de pesquisa (animais e plantas). Nesse
ínterim, a morte de seu escravo Alexandre o abala
muito, por se tratar de uma pessoa habilidosa, a quem Langsdorff
ensinara a caçar e a manusear o material coletado e
único atirador e auxiliar em sua viagem (p.46 e 47). Seus
conhecimentos permitiam que o pesquisador dedicasse maior tempo a suas
descobertas científicas.
O mau
tempo dificultava os preparativos da viagem:
"Até
ontem, choveu quase que diariamente, de sorte que não pude
enviar para Porto Feliz as mercadorias que se encontram aqui; nem eu
mesmo pude viajar. Ontem, convidei, para o meu almoço de
aniversário, o
Sr. Dr. Carlos Engler e o Sr. Oliveira. Depois
de tantos dias de tristeza, finalmente tive um dia divertido. Todos que
conheceram aquele menino excelente vieram participar da pequena festa e
se solidarizar comigo." [04/12/1825] (p.50).
A partir
de 12/12/1825, Langsdorff viajou pela região de Sorocaba e
retornou a Itu em 6/2/1826:
"Viagem
para a Vila de Itu. Caminhos normalmente péssimos, de campos
e capões. Neles havia muita cainca, da qual recebi
encomendas. Fui muito bem acolhido, em Itu, pelo Dr. Engler."
[06/02/1826] (p.57)
Langsdorff
parte para o Rio de Janeiro em 07/02/1826, enfrentando
inúmeras dificuldades. Passando algum tempo naquela cidade,
embarca para Santos, de onde retorna para o interior do
Província de São Paulo. Finalmente, em
29/04/1826, chega em Itu, após permanecer alguns dias em
Jundiaí:
"(...)Uma
hora depois, alcançamos a cidade de Itu, onde fomos
acolhidos, com muita hospitalidade, na casa de um alemão, o Dr. Engler."
[29/04/1826] (p.81-82)
No dia
seguinte, Langsdorff e Engler viajam por duas horas e chegam Porto
Feliz. Ali se encontram com o sr. Francisco Álvares, com
quem jantaram:
"Por
volta das 9h, deixamos, na companhia do Dr.
Engler, a vila de Itu (...) Segundo nos disse o Dr. Engler, as
cabanas de palha miseráveis espalhadas à beira da
estrada são habitadas por pessoas deficientes mentais
(...).
Após
duas horas, chegamos a Porto Feliz onde nos hospedamos na casa da
Expedição Imperial Russa. Uma hora depois, chegou
o Sr. Francisco Álvares, médico da cidade, e os
convidou para jantar com ele. Foi um excelente jantar." [30/04/1826] (p.82).
A partir
de então, Langsdorff acompanha os preparativos da
expedição. Francisco Álvares os
recebe, em casa, para o almoço e juntos vão
até o rio Tietê. Engler retorna à
noite, para Itu [01/05/1826] (p.83).
Inúmeros
percalços atrasam a partida da
expedição: demora na chegada de suprimentos e
material, a falta de dinheiro que os obrigada a vender alguns
equipamentos que não eram tão
necessários. Em todos os momentos, no entanto, Langsdorff
conta com a ajuda de Francisco Álvares, desfrutando
também do convívio de sua família.
Neste
período, em 28/05/1826, Ludwig Riedel e Hasse, que
participariam da expedição, vão
até Itu visitar o Dr.
Engler.
Também
na condição de Juiz, Francisco Álvares
precisou intervir, principalmente para aprisionar empregados
contratados por Langsdorff que apesar de terem recebido o pagamento
antecipado por cinco ou seis meses de serviço, estavam
fugindo. [9/06/1826] (p.102)
O
último contato de Langsdorff com Engler, registrado em seu
Diário, deu-se entre 10/6/1826 a 14/6/1826,
período em que, vindo de Itu, Engler permaneceu em Porto
Feliz.
Langsdorff
apenas registra a sua chegada e sua partida, sem maiores
comentários, pois a grande parte da
descrição nestes dias refere-se aos detalhes da
expedição, ainda pendentes:
"(...) O Dr.
Engler chegou hoje à noite."
[10/06/1826] (p.102).
"O Dr.
Engler despediu-se hoje de nós e
voltou para Itu." [14/06/1826] (p.103).
Para saber mais
Langsdorff
Hercules
Florence
.
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Moraes
Referência
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Plínio
Moraes desenvolveu sua pesquisa, com
auxílio do CNPq, junto ao Centro
de Memória da UNICAMP (CMU); seu projeto
vinculava-se ao Projeto Integrado de Pesquisa sobre a Expedição
Langsdorff [link da UNICAMP
desativado].
Por ter influenciando o pesquisador russo em suas
decisões quanto a rotas de viagem, Carlos Engler foi
investigado por este pesquisador (ver relato de Hércules Florence, que
também participou da expedição).
Seu trabalho foi
apresentado no IV Simpósio Internacional Langsdorff, em
julho 1992, em Petrópolis, RJ. Mesmo após seu
falecimento, em 1994, um artigo foi publicado na revista
Outros Olhares, do CMU, em 1996.
Este artigo serviu de base para que Monteiro obtivesse
informações biográficas sobre Carlos
Engler; no entanto, os dados de Moraes baseiam-se na biografia
escrita por Chloé Engler de Almeida, bisneta de Engler.
Moraes cita a existência de documentos de
próprio punho de Carlos Engler nos arquivos da
Expedição de Langsdorff.
Para saber mais
Expedição
Langsdorff
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André
Referência
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Daniel
André discute o significado das viagens de Langsdorff pelo
interior do Brasil e a relação entre a
memória que se desejava construir a partir da
descrição da natureza, e a memória
efetivamente construída.
Refere-se a Charles Engler e Francisco Álvares Machado de
Vasconcellos como pessoas com quem Langsdorff trocava
ideias e respeitava as opiniões.
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Monteiro
Referência
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Em
sua dissertação de Mestrado, Rosana
Horio Monteiro analisa as pesquisas para o desenvolvimento da
fotografia no Brasil, na primeira metade do século XIX, por Hércules Florence, em
Campinas (naquela época conhecida como Vila
de São Carlos). Através da leitura dos
diários de Florence, Monteiro elegeu Joaquim Correa
de Mello, [Francisco] Álvares
Machado [e Vasconcellos] e Carlos
Engler como os "terceiros", que apoiavam a pesquisa.
Segundo a nota 137 (p.93):
"(...) Correa de Mello e
Engler parecem ter contribuído bastante para o
desenvolvimento das pesquisas químicas de Florence, os dois
pesquisando as plantas regionais e tentando aplicar esse conhecimento
na prática da medicina através da
preparação de fórmulas magistrais.
Engler inclusive tinha um laboratório
de química (...)".
Monteiro baseou-se no
trabalho de Moraes para obter
os dados biográficos sobre Carlos Engler.
Para saber mais
A dissertação da
autora foi publicada como livro, em 2001, pela editora Mercado de
Letras; clique aqui para obter a
referência.
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Prada
Referência |
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Cecília
Prada descreve o legado e a história da
Expedição de Langsdorff e seus colaboradores:
Rugendas, Taunay e Hercules Florence.
Registra
que na farmácia de Engler, Florence
recebeu a notícia de que outros franceses também
haviam descoberto um processo de fixação de
imagem, semelhante ao que ele pesquisava, dando origem à
fotografia.
Para saber mais
Leia
o texto completo
deste artigo.
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Taunay
Referência
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Visconde de Taunay, relacionando os estrangeiros
ilustres que residiam no Brasil, assim relatou dentre os
alemães:
"(...)dr.
Carlos Engler, clínico de grande nomeada no interior
paulista;(....)".
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Scherzer
Referência
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Pesquisadores
austríacos, à bordo da fragata
austríaca Novara, empreenderam uma circunavegação
ao redor da Terra, para fins científicos, entre 1857 e 1859.
Comandada pelo capitão Freiherr von Puckh, além
de oficiais e tripulação, trouxe sete cientistas
à bordo. A expedição foi liderada pelo
Commodore Bernhard von Wöllersdorf-Urbair e a parte
científica por Dr. Karl (von) Scherzer.
Os
relatos desta expedição foram registrados em
vários volumes. O trecho referente à passagem no Brasil
foi traduzido e publicado na Revista
do Instituto Histórico e Geográfico de
São Paulo.
No trecho
referente à passagem da fragata austríaca Novara
no Rio de Janeiro, em 1857, relata-se que os pesquisadores procuraram
informações sobre naturalistas alemães
no Brasil, dentre eles Carlos Engler:
"Fomos
convidados para investigar durante a nossa estadia no Rio, os destinos
dos trabalhos científicos e coleções
de vários naturalistas alemães, os quais tinham
recentemente falecido no Brasil, como Friedrich
Sello, Dr. Muller, o companheiro de Castelnau, Dr.
Engler(nota) e outros. Recebemos porém de todos a resposta
pouco confortante que, com exceção da
herança científica do Dr. Engler, em Itu, na
Província de São Paulo, somente pouco foi
conservado. As coleções pereceram por falta de
cuidado e os manuscritos foram espalhados ou destruídos,
muitas vezes por ignorância".
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Nota [3] Dr. Carlos Engler, naturalista, falecido em Itu, antes de
1857, onde clinicou e deixou descendentes.
Na verdade, Engler faleceu
em 1855.
Os originais,
em alemão, podem ser pesquisados na biblioteca do Instituto Martius-Staden, em São Paulo; a
partir de 2008, o livro original está disponível para acesso completo no Google Books, cujo trecho
transcrevemos abaixo (v. 1, p. 113). Clique na imagem para ir direto ao
texto original.
Para
saber mais
NOVARA EXPEDITION 2007-2009
Conheça o Projeto Expedição Novara,
que pretende refazer o trajeto desta expedição
entre 2007 e 2009, servindo como plataforma para experiências
na área de inovação, ciência
e comunicação. Página
introdutória em inglês e outras
informações em alemão.
NOVARA-EXPEDITION.
In: AEIOU Österreich Lexikon. Disponível
em: https://austria-forum.org/af/AEIOU/Novara-Expedition/Novara-Expedition_english.
KRAUSCH, H.-D. Friedrich Sello, ein vergessener
Pflanzensammler aus Potsdam. Zandera,
v. 17, n. 2, S.73-76, 2002. Disponível em: http://historischegaerten.de/Gartenbaubuecherei/Zandera/2002_2_Krausch_Sello.html.
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Referências
Veja
também Bibliografia
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ALMEIDA, Chloé Engler de. Dos
bosques de Viena às matas brasileiras.
São Paulo: 1978. 169 p. Mimeografado.
Cópia obtida
ANDRÉ, Daniel Afonso de. "Itá!" - As
pedras no caminho de Langsdorff. Tempo Brasileiro,
Rio de Janeiro, n. 135, abr./jun. 1998. Disponível
em: http://www.ceveh.com/biblioteca/revistas/tb/135/da-p-rev-tb-ita.htm.
Link
com problema
Texto
foi transcrito neste endereço, agora disponível
apenas pelo Internet Archive (Wayback Machine):
http://web.archive.org/web/20090603173910/http://portofeliz.tempsite.ws/dinamica.asp?id=11054&tipo_tabela=historico&categoria=hist_moncoes_textos.
|
BARATA, Carlos Eduardo de Almeida; BUENO, Antônio
Henrique da Cunha. Engler. In: ______. Dicionário
das famílias brasileiras. Rio de Janeiro: Ibero
América Comunicações e Cultura,
[1999?] v. 1, p. 905.
Biblioteca "Rui Barbosa" do Instituto Toledo de Ensino |
|
BRASIL. Ministério da
Justiça e Negócios do Interior. Arquivo Nacional.
Registro de Estrangeiros:
1808-1822. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1960. p. 110.
Disponível em: https://books.google.com.br/books/about/Registro_de_estrangeiros_1808_1822.html?id=dMcTAAAAIAAJ&redir_esc=y
Arquivo
Nacional
FLORENCE,
Hercules. Viagem fluvial do Tietê ao Amazonas:
pelas Províncias brasileiras de São Paulo, Mato
Grosso e Grão Pará (1825-1829).
Tradução de Francisco Álvares Machado
e Vasconcellos Florence. São Paulo: Museu de Arte de
São Paulo Assis Chateaubriand, 1977. p.
5-6.
INSTITUTO
GENEALÓGICO BRASILEIRO;
INSTITUTO HANS STADEN. Subsídios
genealógicos: famílias brasileiras
de origem alemã. São Paulo, 1962. v. 1, p. 26.
Arquivo Nacional
KIDDER, Daniel P. Reminiscências
de viagens e permanências nas
províncias do Sul do Brasil (Rio de Janeiro e
Província de São Paulo):
compreendendo notícias
históricas e geográficas do
Império e das diversas
Províncias.Tradução de
Moacir N. Vasconcelos; notícia biográfica
por Rubens Borba de Morais. Belo Horizonte: Itatiaia;
São Paulo: EDUSP, 1980. cap. 17, p. 242.
(Coleção Reconquista do Brasil. Nova
Série, v. 15).
Biblioteca particular
Este
livro foi publicado pela primeira vez em 1845, como:
KIDDER, D.
P. Sketches of residence and travels in Brazil.
Philadelphia: Sorin & Ball, 1845. 2 v.
O original desta data pode ser
consultado no Google Books. Clique aqui.
Em 2001, foi
relançado pela editora do Senado Federal, podendo ser baixado gratuitamente da Internet.
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MONTEIRO,
Rosana Horio. Brasil, 1833: a descoberta
da fotografia revisitada. 1997. 128 f.
Dissertação (Mestrado em
Política Científica e
Tecnológica) - Instituto de Geociências,
Universidade de Campinas, Campinas, 1997. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/Acervo/Detalhe/115385
A
dissertação tem sua versão em livro:
MONTEIRO, Rosa Horio. Descobertas
múltiplas: a fotografia no Brasil (1824-1833).
Campinas: Mercado de Letras, 2001.
O resumo do trabalho foi publicado na
Ciência Hoje, onde Engler não foi citado:
Monteiro,
Rosana Horio. As origens múltiplas da fotografia. Ciência
hoje, v. 27, n. 12, p. 56-57, jul. 2000.
A
versão mais completa desta dissertação
foi publicada em 2004, onde Engler é citado como Karl
Engler, na página 62:
Monteiro,
Rosana Horio. Arte e ciência
no século XIX: um estudo em torno da descoberta da
fotografia no Brasil. Estudos
Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 34, p. 51-70,
jul./dez. 2004. Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/bitstream/ri/19111/3/Artigo%20-%20Rosana%20Horio%20Monteiro%20-%20%202004.pdf.
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MORAES,
Plínio Guimarães. Um interlocutor privilegiado da
expedição Langsdorff:
o botânico e médico
austríaco Carlos Engler. Outros Olhares,
Campinas, v. 1, n. 1, p. 85-100, jan./jun. 1996. Disponível
em: https://issuu.com/centrodememoriaunicamp/docs/outros_olhares.
Acesso em: 05 dez. 2020.
A revista Outros Olhares é
uma publicação
do Centro de Memória da Unicamp (CMU) |
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PRADA, Cecília. Tesouro
inestimável. Problemas brasileiros,
São Paulo, ano 38, n. 342, p. 4-13, nov./dez.
2000. Disponível em: https://web.archive.org/web/20081025112908/http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=92&breadcrumb=1&Artigo_ID=983&IDCategoria=1138&reftype=1
Leia aqui o texto
integral |
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Scherzer, Karl von.
Circunavegação da Terra pela Fragata
Austríaca Novara nos anos 1857, 1858, 1859, sob o comando do
Comodoro B. Von Wullerstorf-Ubrair. Tradução de
trecho relativo ao Brasil do volume n. 1, editado por Carl
Gerold´s Sohn, Viena, 1864. Tradutor: Rudolf Robert Hinner. Revista
do Instituto Histórico e Geográfico de
São Paulo, São Paulo, v. 68, p.
357-389, 1970.
A obra original pode ser consultada Biblioteca do Instituto
Martius-Staden e tem como referência:
Scherzer,
Karl von.
Reise
der Österreichischen Fregatte Novara um die Erde in den Jahren
1857-1859 unter den Befehlen des Commodore B. von Wullerstorf-Urbair. Physilalische
und geognostische Erinnerungen von A. v. Humboldt. Beschreibender
Theil, Hof- und Staatsdruckerei, Wien, 3 Bände, 1862-5. New
edition. [Descriptive volume, 2nd edition].
A partir de 2008, a versão completa
está disponível no Google Books.
A versão em inglês está
disponível na íntegra, para download gratuito, na
Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin:
https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/4507 |
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SILVA, Danuzio Gil
Bernardino (Org.). Os diários de
Langsdorff: São Paulo; 26 de agosto de 1825 a 22
de novembro de 1826. Campinas: Associação
Internacional de Estudos Langsdorff; Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1997. v.
2.
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TAUNAY, Alfredo D'Escragnolle
[Taunay, Visconde de]. Allemães. In: TAUNAY, Alfredo D'Escragnolle. Estrangeiros illustres e prestimosos no Brasil
(1800-1892) e outros escriptos. São
Paulo: Melhoramentos, [19--?]. p. 26. Disponível em: http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_obrasraras/or6852/or6852.pdf |
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